domingo, 23 de junho de 2013

Diário da gravidez: pais

É um assunto delicado. Não diretamente sobre a minha gravidez, mas "tomei as dores" de tantas meninas, e até mesmo conhecidas, que passam por situações difíceis com relação aos pais de seus filhos. Graças a Deus, meu namorado é maravilhoso comigo, e apesar de no início ter tomado um susto imenso e ficado resistente, principalmente pelo fato dele sempre ter deixado bem claro que não queria ter filhos, ele está do meu lado, fazendo todas as minhas vontades de grávida, me dando muito carinho, amor, e me mostrando a cada dia o quão bom pai ele vai ser. Pelos esforços dele, é claro o quanto ele me ama, e tenho certeza que ele vai dar o melhor de si também pela nossa filha. 

É evidente o quão importante um pai é para o filho. Cresci ouvindo que mãe é mãe, e não duvido disso, mas que um pai presente é fundamental, também não tenho dúvidas. É lamentável ver tantas meninas carregando sozinhas essa responsabilidade imensa, e não falo só financeiramente, mas também pelo desafio que é educar uma criança bem, torná-la uma boa pessoa. Eu sou prova de que pai faz falta sim em muitos aspectos. Financeiramente meu pai não era um exemplo, fazendo com que minha mãe ficasse sobrecarregada em matéria de trabalho, mas ele era presente, apesar de morar do outro lado do mundo! Ele ligava toda semana, se importava com o que estava acontecendo, queria saber nossas notas, e brigava por telefone se fosse necessário. Apesar de longe, ele é um pai maravilhoso, e sempre fez tudo pelos filhos. 

É claro que em muitos casos os pais não estão preparados para serem pais. Meu pai foi um exemplo, e meu namorado é outro. Ou querem se afastar das responsabilidades, evitar que "travem" sua vida social, mas a verdade é uma: estamos falando de uma criança que precisa de exemplos para crescer, e não de um mal. Logo após meu nascimento, eu virei o xodó da vida do meu pai, e dali pra frente, ele sempre fez de tudo pra nunca perdemos esse contato entre pai e filha, mesmo morando na Bélgica.

É óbvio que eu me assusto com o que está por vir, mas isso é normal. Eu me pego imaginando se vou conseguir lidar com as birras dela, se as pessoas na rua vão achá-la educada, se ela vai arrumar confusão na escola, se vou conseguir dar a ela toda a estrutura que ela necessita... São medos e talvez frustrações que precisam ser enfrentados e não mascarados. Precisamos crescer e encarar de frente tais desafios que a nós pais foram confiados. Tem horas que sentar e conversar sobre tais assuntos, e até mesmo pedir ajuda e conselhos, são uma solução. Assim como nós vamos aprender a ser pais, ela vai aprender a ser alguém. 

E caso já não tenha mais um relacionamento afetivo entre o casal, que haja ao menos o respeito e a colaboração de ambas as partes para cuidarem do desenvolvimento dessa nova vida. Ela precisa de você! Vejo casos de pais que mal se falam, e isso acaba afetando diretamente a criança. Não é justo ela sofrer pelos erros ou complicações dos pais. 

A verdade é que a cada dia mais vou descobrindo como dar à minha filha o melhor, pensando nas situações futuras que possam causar a ela qualquer complicação, mesmo ela ainda estando na minha barriga. 

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